Os EUA gastaram mais de US $ 500.000 em anúncios hiper-direcionados do YouTube para desencorajar a migração irregular

Apenas dois meses depois, esses mesmos anúncios começaram a ser exibidos na televisão gratuita no México, durante jogos de futebol e programas no horário nobre. Em uma das mensagens, Noem avisa: “Se você está pensando em vir para os Estados Unidos ilegalmente, nem pense nisso. Deixe -me ficar claro: se você vier ao nosso país e violar nossas leis, nós o caçaremos. Os criminosos não forem bem -vindos”.
Essa iniciativa faz parte de um contexto mais amplo de campanhas estaduais e federais destinadas a desencorajar a imigração, variando de estratégias de comunicação pública, como outdoors e mensagens informativas, a medidas mais agressivas, como a instalação de operações de arame farpado e deportação.
O presidente do México responde
Em resposta, o presidente do México, Claudia Sheinbaum, está pressionando a reforma legal para proibir a propaganda estrangeira na mídia local, chamando os pontos de violação da soberania. O governo dos EUA e as estações de TV mexicana – lideradas pela Televisa – exploraram uma brecha legal para transmitir os anúncios controversos, que agora são rotulados como “discriminatórios” pelas autoridades mexicanas.
Para Sheinbaum – que muitas vezes tem sido conciliador com as demandas de Trump para evitar represálias econômicas – esta campanha, que foi mostrada durante jogos de futebol e programas com grandes públicos, cruzou a linha. Na segunda -feira, ela exigiu que as estações de TV retirassem os anúncios. Quando os anúncios continuaram sendo transmitidos nas estações de TV mexicana na terça -feira, Sheinbaum anunciou uma reforma à lei federal de telecomunicações para proibir os governos estrangeiros de comprar espaço de publicidade para fins políticos ou ideológicos. A medida, que inclui redes sociais, procura reverter uma brecha criada em 2014, quando restrições semelhantes foram eliminadas com o ex -presidente Enrique Peña Nieto.
Os pontos, estrelados por Kristi Noem, ligam a migração irregular com crimes violentos: “Pedófilos. Estupros. Assassinos. Esses são apenas alguns dos estrangeiros ilegais que deportamos”, afirma ela em um dos vídeos. O investimento em plataformas digitais visa maximizar o alcance.
“O que eles podem promover? Turismo, cultura. Mas não propaganda discriminatória”, disse Sheinbaum, que descreveu as mensagens de Noem como uma tentativa de “interferência” e um risco à dignidade dos migrantes.
O presidente está confiante de que sua iniciativa será aprovada por unanimidade no Congresso, até mesmo apegando ao apoio da oposição, enquadrando -a como uma defesa da soberania nacional.
CBP One App não possui salvaguardas
A estratégia do DHS depende não apenas de mensagens agressivas, mas também de ferramentas tecnológicas como o aplicativo CBP One, que costumava ajudar os migrantes a se preparar para a entrada nos Estados Unidos e agora permite agendar compromissos para deportação voluntária ou solicitar asilo. No entanto, as organizações de direitos humanos afirmam que o aplicativo, promovido em anúncios, carece de garantias transparentes e expõe os usuários a deportações aceleradas.
Por outro lado, a reforma de Sheinbaum representa um dilema para plataformas como Meta e Google: como eles regularão anúncios pagos por governos estrangeiros no México? A proibição afetaria não apenas os pontos de TV, mas as campanhas segmentadas no Facebook ou no YouTube, onde o DHS investiu pesadamente.
Esta campanha faz parte da promessa de Donald Trump de deportar “milhões de ilegais” até 2025, usando leis como a Lei Alienizada Inimiga e programas como o término da liberdade condicional humanitária para cubanos e venezuelanos. Embora o México tenha cooperado em fluxos de migração Stemming, a crescente retórica de Noem se espalha um relacionamento já enfraquecido por disputas comerciais e ameaças de tarifas.
Enquanto o DHS gasta milhões de migrantes dissuadindo, a manobra legal de Sheinbaum pode limitar futuras campanhas estrangeiras. Mas o verdadeiro impacto de ambos os lados será medido nas fronteiras digitais e físicas.
Esta história apareceu originalmente em Conectado em espanhol e foi traduzido do espanhol.