O esquema de passaporte dourado de Malta quebra a lei da UE, as principais regras do tribunal

O chamado esquema de passaporte de ouro de Malta que permite que as pessoas se tornem cidadãos através do investimento financeiro é contrário à lei européia, o principal tribunal da UE decidiu.
A Comissão da UE levou Malta a tribunal em 2022 sobre o esquema, que concede aos estrangeiros um passaporte maltês e, portanto, o direito de viver e trabalhar em qualquer país da UE em troca de pagar pelo menos € 600.000 (509.619 libras), comprar ou alugar propriedades de certa valor e doar 10.000 libras para a caridade.
O Tribunal de Justiça da UE disse que o esquema “equivale a renderizar a aquisição da nacionalidade uma mera transação comercial”.
O governo de Malta ainda não respondeu à decisão, que o ex -primeiro -ministro Joseph Muscat chamou de “político”.
Ele disse que acreditava que o esquema poderia continuar com “algumas mudanças”.
O país corre o risco de multas pesadas se não cumprir o julgamento.
O Tribunal de Justiça da UE disse que “a aquisição da cidadania sindical não pode resultar de uma transação comercial”.
Malta insistiu repetidamente que estava correto em sua interpretação dos tratados da UE, informou a Agência de Notícias da Reuters.
Em 2022, suspendeu o esquema para cidadãos russos e bielorrussos após a invasão da Rússia e a repressão da Europa aos indivíduos ligados ao Kremlin.
A decisão de terça -feira vai contra um relatório em outubro passado do advogado geral do tribunal na época, Anthony Collins.
Ele disse que a Comissão não conseguiu provar que a lei da UE exige um “vínculo genuíno” entre a pessoa e o país para conceder cidadania legal, acrescentando que é para cada Estado membro decidir quem é “ser um de seus nacionais e, como conseqüência, que é um cidadão da UE”.
Embora cada Estado -Membro da UE determine como concedem nacionalidade, o Tribunal disse que o esquema de Malta “compromete a confiança mútua” entre os Estados -Membros.
A UE tem previamente chamado aos países para encerrar a práticaobservando que os esquemas de cidadania dos investidores carregavam questões de segurança “inerentes”, bem como riscos de lavagem de dinheiro, sonegação e corrupção de impostos.