Tribunal do Brasil expulsa o presidente da CBF dias após a nomeação de Ancelotti

Um tribunal do Rio de Janeiro ordenou que o Conselho da Confederação de Futebol do Brasil (CBF) fosse removido de suas posições, incluindo o presidente Ednaldo Rodrigues na quinta -feira.
Fernando Sarney, um dos vice-presidentes da CBF que solicitou a remoção de Rodrigues, foi nomeado presidente interino e foi encarregado de realizar eleições “o mais rápido possível”.
Rodrigues, que foi reeleito com sucesso em março, está enfrentando sua segunda remoção apenas três dias após o anúncio do técnico italiano Carlo Ancelotti como o novo gerente da seleção do Brasil, em preparação para a Copa do Mundo de 2026.
O CBF disse à Reuters que não comentaria imediatamente.
O processo judicial diz respeito à suposta falsificação do ex -presidente da CBF, Antonio Carlos Nunes de Lima, a assinatura de um acordo com Rodrigues no início deste ano.
O acordo efetivamente permitiu que Rodrigues fosse reeleito como líder da organização até 2030.
Em sua decisão, o juiz do Tribunal de Janeiro, Gabriel de Oliveira Zefiro, disse que a defesa de Nunes citou questões de saúde que o impediram de participar de uma audiência, acrescentando que a capacidade mental do ex -presidente estava em dúvida desde 2018, quando ele foi diagnosticado com câncer no cérebro.
“Declaro nulo e anular o acordo assinado entre as partes, anteriormente aprovado pelo Tribunal Superior, devido à incapacidade mental e à possível falsificação da assinatura de Antonio Carlos Nunes de Lima”, disse o juiz.
“Como resultado, a consequência lógica é o reconhecimento da ilegitimidade do atual governo do CBF. A entidade não pode permanecer sem líder, e é imperativo que as eleições legais sejam realizadas, de acordo com a lei”, acrescentou.
Rodrigues já havia sido removido como presidente em dezembro de 2023, após uma decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, após uma disputa sobre o processo eleitoral da CBF.
No entanto, um mês depois, o ministro da Justiça Brasileira, Gilmar Mendes, ordenou sua reintegração, citando o risco de a equipe nacional do Brasil ser barrada pela FIFA.
A FIFA, no entanto, descartou as sanções após o retorno de Rodrigues, pois não aceita interferência do governo nos assuntos do futebol.