Ciência e tecnologia

Os cientistas descobrem a chave para a capacidade dos axolotls de regenerar membros

Em sua pesquisa atual, ainda há lacunas a serem preenchidas: como o gradiente do CYP26B1 é regulado, como o ácido retinóico se conecta ao Shox Gene, e que fatores a jusante determinam a formação de estruturas específicas, como os ossos do úmero ou raio.

Da cura à regeneração

Monaghan explica que os axolotls não possuem um “gene mágico” para a regeneração, mas compartilham os mesmos genes fundamentais que os seres humanos. “A principal diferença está no acessibilidade desses genes. Enquanto uma lesão em humanos ativa genes que induzem cicatrizes, em salamandras, há Di-diferenciação de células: As células retornam a um estado embrionário, onde podem responder a sinais como o ácido retinóico. Essa capacidade de retornar a um ‘estado de desenvolvimento’ é a base de sua regeneração ”, explica o pesquisador.

Então, se os humanos têm os mesmos genes, por que não podemos se regenerar? “A diferença é que a salamandra pode reagir que o programa (de desenvolvimento) após lesão”. Os seres humanos não podem – eles apenas acessam esse caminho de desenvolvimento durante o crescimento inicial antes do nascimento. “Tivemos pressão seletiva para desligar e curar”, diz Monaghan. “Meu sonho e o sonho da comunidade é entender como fazer a transição da cicatriz para Blastema.”

James Monaghan.Fotografia: Alyssa Stone/Northeastern University

Monaghan diz que, em teoria, não seria necessário modificar o DNA humano para induzir a regeneração, mas intervir no momento certo e colocar no corpo com moléculas regulatórias. Por exemplo, as vias moleculares que sinalizam uma célula a ser localizada no cotovelo no lado mindinho – e não o polegar – poderiam ser reativadas em um ambiente regenerativo usando tecnologias como o CRISPR. “Esse entendimento pode ser aplicado em terapias com células-tronco. Atualmente, as células-tronco cultivadas em laboratório não sabem ‘onde estão’ quando são transplantadas. Se puderem ser programadas com sinais posicionais precisos, eles poderiam se integrar adequadamente em tecidos danificados e contribuir para a regeneração estrutural, como formar um sexo completo”, diz o pesquisador.

Após anos de trabalho, entender o papel do ácido retinóico – estudado desde 1981 – é uma fonte de profunda satisfação para Monaghan. O cientista imagina um futuro em que um adesivo colocado em uma ferida pode reativar os programas de desenvolvimento em células humanas, emulando o mecanismo regenerativo da salamandra. Embora não seja imediato, ele acredita que a engenharia celular para induzir a regeneração já é uma meta ao alcance da ciência.

Ele reflete sobre como o Axolotl teve uma segunda vida científica. “Era um modelo dominante há cem anos, depois caiu em desuso por décadas e agora ressurgiu graças às ferramentas modernas, como edição de genes e análise de células. A equipe pode estudar qualquer gene e célula durante o processo regenerativo. Além disso, o Axolotl se tornou um ícone cultural de ternura e raridade.”

Esta história apareceu originalmente em Conectado em espanhol e foi traduzido do espanhol.

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